Ministério da Saúde estuda volta às aulas com refeições em sala de aula
Novas diretrizes devem ser estabelecidas para evitar a disseminação do coronavírus entre os estudantes, docentes e funcionários.
A volta às aulas deve ganhar novas diretrizes em breve. No último 6 de julho, o Ministério da Saúde debateu o tema em reunião do Centro de Operações de Emergência (COE).
Um novo protocolo para combater a disseminação do coronavírus entrou em discussão nesse encontro. As medidas se enquadram na reabertura das escolas públicas de todos os níveis do ensino.
No relatório constam orientações já bem conhecidas como o uso de máscaras, marcações no chão para ditar o distanciamento social e dias alternados das turmas.
Mas além disso, há outras regras que são consideradas diferentes, como realizar refeições dentro das salas de aula.
Outras medidas são: criar escala de entrada e saída das turmas, evitar circulação em espaços comuns, reforçar limpeza e ventilar ambientes.
Escola que decidirá protocolos na volta às aulas
Segundo o registro da reunião, os protocolos determinados poderão ser seguidos pelas instituições de ensino de maneira autônoma.
Em caso de alunos infectados, mas sem apresentar sintomas da doença, não há ainda orientações sobre como as escolas devam seguir.
Ainda não se sabe se tal protocolo seria apenas para a educação básica ou, também, para alunos de graduações e formações mais avançadas.
O Ministério da Educação não se pronunciou a respeito do debate do COE, mas afirmou que o Conselho Nacional de Educação já aprovou um parecer com orientações para volta às aulas presenciais.
Risco de idosos e pessoas com comorbidades com volta às aulas
De acordo com um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgado na última quarta, 22, a volta às aulas representa um risco a idosos e adultos que estão no grupo de risco caso haja contágio por Covid-19.
Segundo a instituição, cerca de 9,3 milhões de adultos e idosos fazem parte do círculo familiar desses estudantes que retornarão às escolas em breve.
“A volta às aulas pode representar um perigo a mais para cerca de 9,3 milhões de brasileiros (4,4% da população total) que são idosos ou adultos (com 18 anos ou mais) com problemas crônicos de saúde e que pertencem a grupos de risco da covid-19. Isso porque eles vivem na mesma casa que crianças e adolescentes em idade escolar (entre 3 e 17 anos)”, destaca a Fiocruz.
O cálculo de pessoas que residem na mesma moradia que o aluno foi feito com base na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), realizada pelo IBGE.